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EXCESSO DE CARBOIDRATOS AUMENTA SINTOMAS DA DEPRESSÃO

EXCESSO DE CARBOIDRATOS AUMENTA SINTOMAS DA DEPRESSÃO

EXCESSO DE CARBOIDRATOS AUMENTA SINTOMAS DA DEPRESSÃO

As pessoas não se refugiam nos lanches, doces e salgadinhos porque são ansiosos e deprimidos, mas o INVERSO.

Toda dieta prevê certa porção de carboidratos porque eles são indispensáveis para a produção de energia e de serotonina, aquela substância associada ao bem-estar. Contudo, a relação entre depressão e excesso de carboidratos foi identificada não só nos adultos, mas também entre os adolescentes.
Ai aparece uma novidade especial: As pessoas não se refugiam nos lanches, doces e salgadinhos porque são ansiosos e deprimidos, mas o INVERSO.
Essa nova noticia esta sendo trazida pelo imunologista italiano Attilio Speciani, autor do livro “Prevenire e Curare la Depressione con il Cibo” (“Prevenir e Tratar a Depressão com os Alimentos”, sem tradução no Brasil).
Ele explica que, ao consumirmos muito carboidrato, sofremos uma elevação abrupta dos níveis de glicemia (aumento do açúcar no sangue).
 
Para reequilibrar o organismo, nosso sistema coloca em ação a insulina, que tem como objetivo fazer a glicose circular. O excesso de açúcar é reconhecido como tóxico e acaba se transformando em gordura. “Quanto menos insulina produzimos, menos gordura acumulamos e, assim, há menor interferência sobre o equilíbrio nervoso”, diz.
 
Speciani comenta que, por causa dos hábitos alimentares modernos, a insulina tem sido considerada um dos hormônios mais difíceis de ser sintetizados pelo organismo (o aumento dos casos de diabetes comprova isso). Mantê-la sob vigilância pode ajudar no controle de sintomas como ansiedade e depressão.
 
Conforme o médico italiano, o consumo exagerado de doces, massas, pães e farinhas refinadas ainda pode desencadear a chamada resistência insulínica: o organismo fica menos sensível ao hormônio e a produção tem de ser aumentada.
 
A repetição desse processo aumenta a necessidade de ingerir açúcar, como num ciclo vicioso. Por isso, quem come muito carboidrato está sempre faminto: “é esse o processo que causa um efeito negativo sobre o estado emocional e leva à depressão”, esclarece Speciani.
 
A produção de serotonina depende do consumo de carboidratos e, se há um aumento brusco nos índices, “outro mecanismo de defesa orgânica se manifesta: os inibidores, que se nutrem da serotonina do cérebro, provocando novo e sucessivo estado de abatimento”, completa o imunologista.
 
ANTIDEPRESSIVOS NATURAIS
Para manter um perfeito funcionamento da bioquímica do humor, Speciani sugere o consumo equilibrado de carboidratos e proteínas, além da inclusão na dieta de alimentos que ele classifica como “antidepressivos naturais”. É o caso de amêndoas e avelãs (combinação que ele classifica como uma verdadeira injeção de ânimo) e cereais integrais (ricos em tirosina, estimulam a produção de dopamina, que promove o estado de alerta).
 
Ele sugere que o açúcar seja substituído pelo mel integral, que é rico em triptofano (aminoácido que se transforma em serotonina) e possui índice glicêmico baixo.
 
Entre os alimentos a serem evitados, o médico cita as farinhas refinadas e o seitan (ou glúten), muito usado pelos vegetarianos, por ser uma proteína sem tirosina. “Para evitar problemas, o seitan deve ser consumido sempre junto com outros alimentos protéicos”, aconselha.
 
Speciani ressalta a importância de se iniciar o dia com um café da manhã rico em proteínas, carboidratos, frutas e café, dada a predisposição física para o consumo dessas substâncias nesse horário. Nas refeições noturnas, a recomendação é evitar carboidratos simples, de rápida absorção (como mel, açúcar, frutas, xarope de milho, leite e derivados).
 
RELÓGIO BIOLÓGICO
Aqui no Brasil, Jane Corona, médica especialista em nutrologia, ressalta também a importância dos horários regulares para comer e dormir, já que o corpo funciona como um relógio ao produzir substâncias que interferem no humor.
 
Segundo ela, no momento em que acordamos, nosso corpo precisa de boa dose de dopamina para nos conectar com o mundo. À noite, para descansar, precisamos da serotonina e da melatonina, oxidante natural que atinge seu pico às 2h00 da manhã. O desequilíbrio nos ciclos pode levar à depressão.
 
CARÊNCIA NUTRICIONAL
Comer bem, equilibradamente e com regularidade pode evitar outra conseqüência, a Síndrome Depressiva de Carência Nutricional: “o cérebro é um órgão que não armazena glicose e esse é o nutriente mais importante para o seu funcionamento”, justifica.
 
Para a especialista, a dieta ideal para fugir da depressão é aquela que inclui gorduras de boa qualidade (mono e poliinsaturadas), encontradas em alimentos como semente de linhaça, frutas oleaginosas, azeite de oliva e abacate.”Essas gorduras facilitam a comunicação entre os neurônios”, justifica.
 
Outros nutrientes importantes para a produção de neurotransmissores, de acordo com ela, são as vitaminas A, B, C, D e E, os minerais cálcio, cromo e magnésio e as proteínas animais e vegetais.
 
Para quem enfrenta rotinas estressantes, Corona sugere caprichar na primeira refeição pela manhã, consumindo pão integral, frutas, leite ou iogurte, linhaça em pó e café ou chá. “Quando for inevitável saltar uma refeição, é bom ter à mão algumas nozes, amêndoas, castanhas e uma fruta, para evitar o consumo de biscoitos”, recomenda.
Fonte: UOL

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