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GORDURA – A GRANDE INIMIGA

GORDURA – A GRANDE INIMIGA

Gordura – A grande inimiga
Na medida certa, a gordura que acumulamos no corpo é uma reserva essencial de energia. Em excesso, está na origem de enfermidades graves. Pense nisso antes de fazer seu prato!

Os primeiros algozes da gordura foram grandes escritores. Quatro séculos antes de Cristo, o grego Aristófanes, autor de comédias magníficas, transformou Dioniso, deus do vinho e da alegria, num personagem que expressa seu lado patético por meio da glutonaria e de um barrigão. No século XVI, o inglês William Shakespeare colocou na boca de Júlio César versos que retratavam os homens gordos como destituídos de energia e pouco inteligentes. No início do século XX, o russo Vladimir Maiakovski ideologizou a obesidade ao transformá-la em característica inerente à burguesia predatória e insensível. Ao ser transposto para a realidade, o tipo literário virou um estereótipo – que é incessantemente reforçado numa época em que os modelos de beleza são o homem musculoso e a mulher quase anoréxica. Gordura, claro, não tem relação com personalidade, inteligência ou disposição para o trabalho, ao contrário do que acreditam empresas americanas que andam discriminando gente obesa. Infelizmente, porém, excesso de gordura tem a ver com pouca saúde. É uma grande ameaça à vida. Está associado a males cardíacos, hipertensão, diabetes, colesterol alto, pedras na vesícula, apnéia do sono, problemas de coluna e até a algumas formas de câncer.

A medicina pôs a gordura no banco dos réus no início da década de 50, quando pesquisas demonstraram pela primeira vez como o excesso de tecido adiposo sobrecarregava o coração. O paradoxo é que, apesar de todas as condenações, as pessoas estão cada vez mais gordas. Nos Estados Unidos, a obesidade se transformou em epidemia. E, no Brasil, segue-se pelo mesmo caminho. De cada dez brasileiros adultos, quatro estão acima do peso. A gordura vitima ricos e pobres, todos unidos por uma alimentação excessivamente calórica, típica da sociedade industrial.
 
Entre os mais abastados, há ainda uma agravante: os confortos tecnológicos que aumentam a propensão natural ao sedentarismo. Televisão e aparelho de som com controle remoto, telefone sem fio, carro, elevador – tais facilidades fazem com que as pessoas se exercitem menos no seu dia-a-dia e, conseqüentemente, acumulem mais gordura (veja quadro abaixo).
 
Fonte: VEJA Sua Saúde – 28/3/2001.

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